Guerreiras de sangue!

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                                                                                                                              Por: Carol Meneses
                                                                  
                                                                                                                                        Foto: Gabrielly Lorenzon


Equipe do Banco de Sangue e doadora
Muito se fala sobre as mulheres serem o sexo frágil, porém cada vez mais essa temática vem caindo por terra. Muitas mulheres estão se destacando em atividades, sejam profissionais ou de lazer, anteriormente conhecidas como atividades masculinas como no futebol, nas artes marciais, na profissão de piloto, entre muitas outras. Mas pouco se fala daquelas mulheres que, literalmente, dão o sangue com o objetivo de ajudar outras pessoas. Estou falando das doadoras de sangue, ou melhor, das guerreiras de sangue.
  Para entender um pouco mais sobre o assunto, conversei com o Rodrigo Moreira, captador de doadores do Banco de Sangue Santa Teresa em Petrópolis, que comentou que a diferença de tempo de doação  entre homens e mulheres foi estabelecida  pela portaria 158, de 4 de fevereiro de 2016, do Ministério da Saúde. O art. 37 apresenta que a frequência máxima admitida é de 4 (quatro) doações anuais para o homem e de 3 (três) doações anuais para a mulher, exceto em circunstâncias especiais, que devem ser avaliadas e aprovadas pelo responsável técnico do serviço de hemoterapia.
  Outro assunto abordado por Rodrigo foi o que motivou essas mulheres (em sua grande maioria na faixa de 26 a 34 anos) a se tornarem doadoras foi o lado sensível mais apurado nas mulheres, seja pela maternidade, pois apesar de nem toda mulher ser mãe, esse sentimento de cuidar e ajudar faz com que a mulher possua uma maior empatia e altruísmo. Rodrigo comentou ainda algumas condições que impossibilitam, normalizadas pelo Ministério da Saúde, a doação em si, como uso de medicamentos, vacinações, tatuagens recentes e taxa de hematócritos, dentre outras.

  De acordo com ele, o conhecido “pavor” de sangue e sentimento de dor são bem equilibrados entre homens e mulheres. Já sobre as indisposições na hora da doação, os fatores mais relevantes para esse mal-estar são: qualidade do sono na noite anterior à doação, alimentação, o psicológico quanto à doação no momento, etc. Rodrigo Moreira deixou ainda um recado para todas as mulheres que pretendem entrar no time de doadoras: “Meu recado é, ser doador de sangue é uma oportunidade simplíssima de contribuir para algo muito maior. É ser um agente de transformação em nossa sociedade, é vencer pré-conceitos e mitos presentes em uma sociedade tão abrupta e intolerante quanto a inúmeras coisas. Resumindo de forma clara e objetiva, é salvar vidas.”