Desvendando alguns mistérios da Ilha de Marajó!
Por: Carol
Meneses
O turismo no Pará ainda não é divulgado o
suficiente, falo isso porque a maioria dos turistas que visitam o estado
conhecem apenas as maravilhas da capital Belém do Pará, como o Mercado do
Ver-o-Peso, Casa das 11 Janelas, Estação das Docas, Mangal das Garças, Portal
da Amazônia, entre outros. E esquecem que o Pará é muito mais do que apenas a
capital, inclusive a beleza das outras cidades é bastante ligada à natureza
como a rústica Algodoal, a glamorosa Salinas, e claro a Ilha do Marajó, um
arquipélago que conta com 16 munícipios.
Desses
munícipios, conhecia apenas a cidade de Soure, considerada capital do Marajó. Aproveitei
a viagem para conhecer outra cidade marajoara (Salvaterra), revisitar Soure, em
outra época do ano (inclusive uma não muito indicada pelos paraenses), e claro
apresentar para vocês outros atributos turísticos do Pará.
É
importante informar algumas coisas sobre a ilha: é banhada pelo Rio Amazonas, a
oeste e noroeste, pelo Oceano Atlântico, ao norte e nordeste, e pelo Rio Pará a
leste, sudeste e sul; era chamada de Marinatambal pelos indígenas;
destaca-se pelo artesanato e pelo grande rebanho de Búfalos no Brasil (cerca de
600 mil cabeças).
A
viagem começou às 8:00 da manhã da última quarta (7 de fevereiro de 2018) no
porto de Belém, com uma chuva torrencial, ou melhor “caindo o mundo” no dialeto
paraense...Já devidamente acomodada, a lancha saiu às 8:15 do porto. No meio da
viagem o sol foi dando, mesmo que timidamente, o ar da graça. Com as televisões
desligadas, a viagem foi calma, e quem estivesse com sono poderia dormir.
Pensei “Que dormir, que nada, vou é
aproveitar a viagem.”
Chegando a Soure, fui para a pousada Aruanã, na rua 2, bem
próxima ao porto. Cheguei no meu quarto e gostei do que vi, quarto bem arrumado
e espaçoso no 2° andar.
Logo depois, fui de táxi até a praia de Barra Velha e haviam vários caranguejos, mas como nessa época acontece a preservação da espécie,
a venda de alimentos, provenientes desse animal, é proibida e, claro, tomei uma
boa “breja” porque também sou filha
de Deus.
Voltei para a pousada e descansei um pouco. Como chovia
muito, não deu para aproveitar a praça da cidade e me deliciar com o
Cheeseburguer de Marajó, feito com o famoso queijo de búfala.
Depois, saí com a ideia de ir para um restaurante indicado
pelo taxista... ia a pé, porém alguns bichos diferentes, pareciam baratas
gigantes, e, depois, soube que eram baratas D´água(espécie de percevejo comum nessa época do ano por causa das chuvas ). Acabei indo de táxi,
chegando lá o restaurante estava fechado, fiquei em um outro, em frente, o
Varanda, pedi um filé de frango do prato executivo, com arroz, farofa e batata,
muito bem servido e gostoso. Voltei para
a pousada de táxi.
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Curtindo a viagem de popopo! |
Chegando ao local, fui de táxi para a Pousada dos Guarás, longe
do Centro, na qual fiz o check-in e fomos para o quarto, por causa de alguns probleminhas - dessa vez
dividido com sobrinho, irmão e cunhada.Decidimos trocar de
quarto, e após ajeitarmos tudo, fomos direto para a piscina, onde bebi uma
caipvodka muito boa de abacaxi e como todo bom turista, mandei ver nas fotos. Detalhe, logo após a
piscina há uma praia particular.
Provamos o filé de búfalo, carne macia com cebola e pimentão,
acompanhado de farofa, um petisco para paraense algum botar defeito. Chegamos
ao quarto, pedi 1 espaguete da pousada com jambu, queijo de Marajó (ou de
búfala), que por sinal é bem gostoso, porém é melhor não exagerar, pois
ele é forte (eu não tive nenhum problema em nenhuma das vezes, mas já ouvi histórias
pessoas que passaram mal) e alho dourado, chegou bem servido (não aguentei
comer sozinha)! Decidi aproveitar para explorar o local e encontrei uma trilha
no hotel, e pensei: “já que estou na
ilha,porque não me inspirar na Lara Crof (personagem do filme e jogo Tomb
Raider ) e desvendar os mistérios da
Ilha. Cheguei até certo ponto, que,
depois de perguntar para um funcionário da pousada, descobri se tratar de um
depósito.
Depois descansamos e acabamos perdendo o jantar. No
sábado acordamos, tomamos café e decidimos ficar mais um dia. Novamente pedi
caipvodka, fiz carinho em outro búfalo, o Colega, muito fofo por sinal. A noite,
finalmente, matei a vontade de comer o cheeseburguer de Marajó (que experimentara
na outra visita à ilha). Depois, assistimos à apresentação de carimbó no próprio hotel, com direito à música “No
meio do Pitiú” de Dona Onete. A apresentação foi do grupo “Raízes da Terra”,
que mostrou um pouco da beleza do Carimbó, da cultura paraense, além de contar
a lenda da Matita Pereira.
Para mim, o destaque do grupo foi a participação de crianças no elenco, uma menina dançarina e um menino que fazia parte da banda.
Após esses dias empolgantes na ilha, chegou a vez de voltarmos a realidade, acordamos cedo, 4:40 da manhã para ser exata, e por volta de 5:40 chegou o rapaz da Van, que nos levou até o Porto. Pegamos a Lancha Expresso Golfinho 1 de volta a Belém.
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Trilheira... |
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Um pouquinho do show de Carimbó! |
Após esses dias empolgantes na ilha, chegou a vez de voltarmos a realidade, acordamos cedo, 4:40 da manhã para ser exata, e por volta de 5:40 chegou o rapaz da Van, que nos levou até o Porto. Pegamos a Lancha Expresso Golfinho 1 de volta a Belém.
Soure e Salvaterra são bem diferentes, apesar da pouca
distância, assim como as duas pousadas. Aruanã era mais o estilo pousada, no
centro de Soure, pequena com limpeza, organização e atendimento impecáveis. Oferecia café
da manhã (inclusive com um biscoito pelo qual fiquei apaixonada); já a Pousada dos Guarás, que também oferecia café da manhã, era afastada, com muito verde, uma estrutura mais parecida com hotel e uma
praia particular, porém, acredito que, em alguns momentos, faltaram qualidades
essenciais para o sucesso de um hotel, ainda mais com a estrutura que ela
possui.
Apesar desse item, e
de não ter conhecido Salvaterra tanto quanto gostaria, afinal, ir na cidade e
não conhecer o mercado é parecido com não ter visitado a cidade, e de não ter
ficado mais tempo em Soure, nada estragou a viagem em si, isso porque revisitei
2 praias já conhecidas e ainda conheci uma 3ª, comi o cheeseburguer que tanto
queria e, para completar, ainda vi um show de carimbó, além de fazer amizade
com 2 “bufulinhos” fofos. Ou seja, a
visita valeu tanto a pena que, com certeza, irei revisitar esses e conhecer outros
municípios de “Marinatambal”.
Foto 1 (a esquerda): Eu e o Guerreiro; Foto 2 (no alto): Eu e o Colega Foto 3: Quiosque de Búfalo ao fundo |
Se bem que da próxima vez que eu estiver no Pará, a Ilha do
Marajó vai ter que disputar com outra ilha paraense, bastante rústica, a Ilha
de Algodoal. Mas essa já é uma outra história.
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